VIRÁS COMIGO
- Paula Coelho Pais
- 22 de nov. de 2019
- 1 min de leitura

Se alguma vez, (queira Deus que não), tivermos de partir. Se a vida mudar e for preciso procurar outras paragens e abrigos. Não te deixarei para trás, virás comigo.
Se a terra se abrir na revolta do tempo e do clima que muda a cada novo instante se erguerem em fúria tornados de guerra e muralhas de vento. Não ficarás só, virás comigo.
Se um dia, por fim, tivermos de fugir pelos montes abruptos, pelos vales ardidos se uma onda gigante assolar esta terra num prenúncio de morte, num imenso rugido. Não te deixarei só, trémulo, perdido, no abismo da noite, assustado, ferido.
Tu virás comigo.
Lisboa, 8 de Agosto de 2018
….
Comentários